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Foto do escritorAna Brígida Nogueira Cunha

Converse sobre a importância do uso de camisinha em todas as relações sexuais


A segunda dica parece simples. Talvez alguns achem que possa até ser pulada de tão "óbvia". Aí que mora o risco.


Mesmo que já exista abertura de diálogo, começar a conversar sobre o tema sempre será um pouco esquisito. Então comece pelo básico e algo que ele/a já "sabe de cor": reforce a importância do uso de camisinha em todas as relações sexuais.


Para adolescentes LGBTQIA+ já existe o tabu que a sociedade (infelizmente) criou do medo enorme de contrair uma IST (e o preconceito, também infelizmente, recorrentemente liga ao "medo da Aids"). Conversar com este/a adolescente vai ser mais fácil. Naturalmente ele/a já fez muitas pesquisas na Internet sobre o tema, já conhece alguns dos riscos etc. Isso porque além de ter informações ao alcance das mãos, mesmo que não tenha conversado com o/a responsável sobre sua sexualidade, provavelmente cresceu com insegurança que a coletividade alimenta, conversa com seus amigos LGBTQIA+ com frequência sobre o tema e quer aprender (pois percebem que as pessoas naturalmente não dialogam sobre). Mesmo sabendo disso, o/a responsável precisa criar essa ponte para debater sobre o uso de preservativo uma vez que a existência da PrEP/PEP podem deixá-los confusos e com liberdade de ter relações sexuais desprotegidas (leia mais sobre isso nas dicas 3 e 5).


Já conversar com adolescentes cis heterossexuais (ou meninos trans) é um pouco mais complicado. Infelizmente (mais uma vez) a sociedade dá mais atenção ao "risco" de gravidez, esquecendo-se de todos os outros perigos reais que relações sem camisinha têm. Se não existir um debate com estes jovens eles poderão pensar que apenas precisarão usar o preservativo quando a adolescente estiver em período férti ou caso a/o jovem faça uso de outros métodos contraceptivos (Métodos que evitem a gravidez que mais sobre na dica 7). É como se grande parcela das pessoas se esquecessem por completo da existência das ISTs. Ou pior ainda, como se pensassem que elas são "exclusivas do público LGBTQIA+". Veja a importância do diálogo!


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